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      A Pesquisa Divas é um estudo quantitativo de corte transversal que foi desenvolvido em 12 municípios brasileiros, entrevistando 4.700 travestis e mulheres transexuais, com 600 entrevistadas na cidade de São Paulo.
    O estudo foi realizado utilizando o método Respondent Driven Sampling (RDS), onde cada participante da pesquisa recebia convites e convidava pessoas de sua rede social, dessa forma é possível fazer projeções estatísticas que melhor representam os  dados da população.   
 
 

Resultados

HIV e Vulnerabilidade Social

 

No perfil epidemiológico da HIV/AIDS, o grupo das travestis apresenta-se evidentemente exposto ao risco de infecção, devido à sua história de vulnerabilidade social. As distintas modalidades de discriminação e preconceito, a violência, a exclusão social, a transfobia e a prática de sexo desprotegido, entre outros, têm contribuído para que esse segmento se transforme em um grupo suscetível ao HIV/AIDS. Consonante a isto, em 2007, formulou-se o Plano de Enfrentamento da Epidemia de AIDS e das DST entre Gays, HSH e Travestis, que reconhece a homofobia/transfobia como um dos elementos desta vulnerabilidade.

No ano de 2009, o Programa de HIV/AIDS das Nações Unidas (UNAIDS) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançaram um plano de ampliação ao acesso à informação e aos serviços de HIV entre HSH e a população “trans”. De acordo com as informações explicitadas por este plano, a falta de vontade por parte dos governos e doadores em investir na saúde sexual das minorias sexuais, o impacto da exclusão social no acesso a serviços de saúde, o medo de violência, exposição pública, criminalização e a falta de prestação de informações e serviços são fatores identificados como os principais obstáculos que impossibilitam melhor acesso por essa população aos serviços de saúde relacionados ao HIV.

Dificuldade de acesso à serviços de saúde

Resultados de pesquisas realizadas em 2008 e 2009, também destacam que as travestis e mulheres trans têm enfrentado dificuldades para usufruírem dos serviços de atenção à saúde.  Como consequência deste contexto, alguns estudos demonstram que um dos maiores problemas enfrentados na atenção à saúde pelas travestis é o da descontinuidade e abandono de tratamento. Mesmo diante de doenças crônicas ou graves que requerem cuidados ininterruptos, como é o caso da AIDS, há frequentes casos de desistência de tratamento. Ressalta-se aqui que o Ministério da  Saúde e as organizações da  sociedade civil do Brasil têm reconhecido as dificuldades para o cuidado da saúde de travestis e transexuais.  

- Divas no Brasil -

Belém/PA

Tania do Socorro Souza Chaves 
Instituto Evandro Chagas (IEC/PA)


Belo Horizonte/MG

Michelle Ralil da Costa 
Departamento de Saúde Mental /

Faculdade de Medicina (UFMG)

Brasília/DF

Ximena Pamela Díaz Bermúdez 
Faculdade de Ciências da Saúde /

Universidade de Brasília 

Campo Grande/MS

Ana Rita Coimbra Motta-Castro 
Laboratório de Imunologia Clínica /

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Curitiba/PR

Sonia Mara Raboni 
Universidade Federal do Paraná

Fortaleza/CE

Maria do Socorro Cavalcante
Coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Geral César 
Secretaria Municipal de Saúde


Manaus/AM

Lucília de Fátima Santana Jardim 
Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta 
Secretaria de Estado da Saúde

Porto Alegre/RS

Andrea Fachel Leal e Daniela Riva Knauth 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Recife/PE

Ana Maria de Brito 
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz)

Rio de Janeiro/RJ

Lidiane Toledo 
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz)

Salvador/BA

Inês Dourado 
Instituto de Saúde Coletiva /

Universidade Federal da Bahia  (UFBA)

São Paulo/SP -

Maria Amélia de Sousa Mascena Veras 
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) 

Palavras-chave

travestis; mulheres trans; HIV; sífilis; hepatites; IST; RDS

- Título oficial -

 

Estudo de abrangência nacional de comportamentos, atitudes, práticas e prevalência para o HIV, sífilis e hepatites B e C entre travestis em 12 municípios brasileiros

- Equipe -

Coordenação geral
Mônica Siqueira Malta

Coordenação executiva

Carolina Coutinho
 

Vice-coordenação
Ana Maria de Brito (CPqAM/Fiocruz)
Maria Amélia de Sousa Mascena Veras (FCMSCSP) 
Maria Inês Costa Dourado (UFBA)

Coordenação de Laboratório
Carlos Velasco de Castro (IFF/Fiocruz)

Coordenação de Bioestatística
Sandra Brignol (UFF)

Coordenação de Análise de Dados
Francisco Inácio Bastos (Icict/Fiocruz)

- Equipe São Paulo -

Maria Amélia de Sousa Mascena Veras

Gustavo Santa Roza Saggese

José Luis Gomez Gonzalez Jr.

Adriana Cezaretto

Bruno Puccinelli

Luiz Fabio Alves de Deus

Juny Kraiczyk

Denis Gonçalves Ferreira

- Parcerias -

UNESCO

Ministério da Saúde

Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health

- Financiamento -

Ministério da Saúde

Banco Mundial

- Período -

Fevereiro 2016 - Maio 2017

Resumo

Este é um estudo transversal que tem por objetivo descrever o perfil sociodemográfico e comportamental, os conhecimentos, atitudes e práticas relacionadas à infecção pelo HIV/AIDS e demais IST entre travestis e mulheres trans de 12 municípios pré-selecionados (Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Manaus/AM, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA e São Paulo/SP) e estimar as taxas de prevalência para o HIV, Sífilis e Hepatite B e C para cada rede social acessada nos municípios pré-selecionados, através da técnica de amostragem RDS (Respondent-driven sampling)

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